terça-feira, 25 de agosto de 2009
JORNAL DO POVO - Xexéu, 23 de agosto de 2009
População reclama da poluição no Rio Ipiranga
Moradores de Xexéu deram depoimentos sobre o Rio Ipiranga, que corta a cidade. A poluição nele é tão grande que as pessoas o chamam de Rio da Bosta.
Falaram que o rio há muitos anos era muito limpo. Podiam usá-lo para lavar pratos, roupas e até beber água. Mas com o passar dos anos colocaram encanamentos em suas casas e o rio começou a ficar sujo.
A aposentada Rosa Leonor, 63 anos, apesar de morar na frente do rio, disse que nunca foi prejudicada pela sujeira. Já a aposentada Terezinha Vicente, 72 anos, contou que o rio trouxe doenças para ela. “Sofri muito com a esquitossomose que peguei no rio”, afirmou Terezinha.
Para o secretário municipal de Esportes, Cultura e Turismo, Sílvio Júnior, uma das ações para resolver o problema seria incentivando a educação ambiental.
Diário do Povo -Xexéu, 23 de agosto de 2009
Moradores avaliam situação de Xexéu
Na cidade de Xexéu foram feitas entrevistas com vários moradores que opinaram sobre educação, saúde, gestão municipal e esportes. Houve críticas e elogios.
Na saúde, sobre o Hospital Marcos Antônio Gonçalves, localizado no bairro da Boa Vista, a cabeleireira Maria Aparecida da Silva, 44 anos, comentou que “precisa melhorar o atendimento”. Já Maria José de Lira disse que está bom e que as enfermeiras são competentes.
Para o motorista Reginaldo Gonçalves de Lima Júnior faltam condições para as mulheres grávidas terem seus filhos no hospital. A população reclamou sobre a falta de remédios e que quando precisa de atendimento tem que ir para Palmares. A enfermeira-chefe do hospital, Priscila Oliveira, 28 anos, disse que “atendemos com o que temos, não tendo tentamos resolver”.
Na educação, a professora Maria José de Oliveira contou que não faltam docentes no Colégio Maria dos Anjos. “Os pais deveriam ter mais compromisso com seus filhos. Eles deixam a responsabilidade de educar toda para nós educadores”, ressaltou Maria José, que ensina todas as matérias para a segunda série.
Jéssika Vidal tem 20 anos, é estudante e está cursando técnico em enfermagem. “A educação em Xexéu não está tão boa. Os professores deveriam ser mais capacitados. Eles poderiam ter mais oportunidades de se profissionalizar”, disse.
A área de esportes precisa de mais investimentos na avaliação dos moradores. O vigilante René Francisco, 43 anos, acha que até o momento não foi feito nada para melhorar os esportes. “Precisamos de parcerias com os programas do governo estadual para evitar que os jovens trilhem caminhos como alcoolismo, drogas e prostituição”, afirmou. Para o policial militar Valdecir, que tem 46 anos, os esportes em Xexéu estão ajudando no desenvolvimento dos jovens. Ele praticava atletismo, um esporte fácil e de baixo custo.
Sobre a administração municipal, os entrevistados fizeram críticas. A comerciante Edilene Maria da Silva, 25 anos, disse que faltam limpeza e segurança na praça onde ela trabalha, no Centro. “Deveria haver mais empregos também”, destacou. O bancário Paulo Santos Rodrigues, 55 anos, acha que a educação necessita de mais investimentos.
O assessor do prefeito José Maurício da Silva, 50 anos, também diretor tributário municipal e suplente de vereador, deu nota 6 para a atual gestão. “Mesmo sendo assessor do prefeito não posso ir contra os fatos. Mas a cidade está começando a melhorar na educação, na saúde. No começo o prefeito estava afastado do povo, agora não”, afirmou.
domingo, 28 de junho de 2009
Matéria publicada no Jornal do Commercio de 15 de junho de 2009
» RESPONSABILIDADE SOCIAL
Uma caravana repleta de luz
Publicado em 15.06.2009
Em vez de ficar vendo televisão, o estudante Lucivan Felismino Filho, 11 anos, estudante da 6ª série, aprendeu, no fim de semana passado, a soltar um minifoguete. Ele foi um dos alunos da Caravana de Luz Cultural, que movimentou a cidade de Caetés, terra onde nasceu o presidente Lula. Mais de mil pessoas, a maioria crianças e adolescentes, participaram da iniciativa, que leva oficinas gratuitas de arte, educação e cidadania para o interior do Estado. Caetés foi o quinto município visitado este ano. “Achei muito bom. A gente passa o fim de semana vendo televisão. Na oficina aprendi a armar um foguete”, contou Lucivan, um dos atentos alunos do professor e piloto José Roberto de Andrade. Dos 37 cursos oferecidos, artesanato, informática, grafitagem, jornalismo, capoeira e gastronomia estavam entre os mais procurados. Influenciados pela novela Caminho das Índias, muitas meninas escolheram a oficina de dança do ventre. Outros preferiram saber mais sobre a história indiana. Idealizada e coordenada pelo maestro Givanildo Amâncio na década de 90, a Caravana de Luz Cultural reúne pessoas de diversas profissões. Gente que se dispõe a ensinar o que sabe gratuitamente. Todos voluntários, o que move o grupo é o desejo de distribuir saberes. “Os moradores do interior são carentes de informação, formação e lazer. O que falta é oportunidade para eles. Na caravana, os oficineiros praticam cidadania e os alunos ganham conhecimento”, destacou Gil, como é mais conhecido. As aulas aconteceram no Colégio Municipal Monsenhor Calou e na Escola Estadual Luiz Pereira Júnior. Uma grande festa marcou o encerramento da caravana, no domingo. Com alfaias improvisadas com baldes, alunos da oficina de maracatu ecológico estavam à frente de um cortejo gigante, que percorreu as principais ruas do centro. Cantando e dançando, os participantes chegaram ao Centro de Eventos, onde todos mostraram o que aprenderam durante o sábado. “Caetés tem um potencial que precisa ser explorado. Descobri muita coisa interessante na oficina de turismo”, afirmou a estudante Glaucivane Nascimento, 22 anos. “Espero que a caravana volte mais vezes”, observou a jovem. O secretário municipal de Cultura, Thiago Wanderley, ressaltou o quanto o grupo mexeu com a cidade. “Muita gente participou, de criança a adultos. Foi muito positivo receber a caravana”, declarou. As oficinas de judô, flauta, violão, pedreiro e eletricista tiveram professores do município. SATISFAÇÃO Contramestre de capoeira do grupo Gunga de Pernambuco, Edvaldo Tavares, 30, é um dos primeiros voluntários da caravana. Participa com a esposa, Karina Lira, 21, que o ajuda nas aulas. “Fazemos amizade, ensinamos capoeira, levamos lazer e conhecimento para crianças e adolescentes e ainda conhecemos outras culturas. É gratificante”, comentou Val. “É por amor que nos propomos a ensinar voluntariamente”, observou Karina » RESPONSABILIDADE SOCIAL “O secretário de cultura está em contato conosco para acertarmos a ida a Catende”, ressalta Gil. “Visitamos as cidades que nos convidarem. O município tem apenas que fazer um investimento de baixo custo para viabilizar transporte, alimentação e alojamento, além do material usado nas oficinas”, explica. Os oficineiros praticam turismo solidário. Não recebem nada para dar as aulas, mas têm a chance de conhecer uma nova cidade. Normalmente ficam alojados em escolas. “Formamos uma rede do bem. São mais de 50 pessoas dispostas a ensinar o que sabem. A cada visita, percebemos que com criatividade e boa vontade podemos diminuir a violência, ocupar a juventude e dar exemplos concretos de cidadania. É uma ação humanitária e cultural por excelência”, afirma Gil, destacando que o grupo está aberto a novos integrantes. Em cada cidade são montados cursos das mais diversas áreas, escolhidos de acordo com a necessidade do local e conforme a disponibilidade dos caravaneiros. Na sexta-feira à noite, quando a trupe chega ao município, há a abertura da caravana. As aulas acontecem no sábado (manhã e tarde). No domingo há a socialização dos saberes – em um espaço público, que pode ser uma praça, um clube ou uma escola – os alunos mostram para a comunidade o que aprenderam. A caravana tem um blog (http://caravanadeluzcultural.
Margarida Azevedo mazevedo@jc.com.br
Mais de quatro mil pessoas participaram
Publicado em 15.06.2009